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Megaterminal deve consolidar Porto de Santos como um dos líderes mundiais em exportação de celulose

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A inauguração do megaterminal da Eldorado Brasil nesta segunda-feira (31) deve gerar empregos e consolidar o Porto de Santos como um dos principais exportadores mundiais de celulose. A avaliação é de especialistas consultados pela CNN.

“O terminal consolida o Porto de Santos como um dos principais portos de embarque de celulose do mundo, através do seu ‘cluster da celulose'”, afirma André de Fazio, professor da Strong Business School e especialista em portos e comércio exterior.

Segundo dados da Autoridade Portuária de Santos, o megaterminal pode levar o Porto a quadruplicar o volume de celulose que exporta em um período de 10 anos.

Em 2015 o porto exportou 2,5 milhões de toneladas de celulose. Com a inauguração, a projeção é de que até 2025 a capacidade de exportação atinja 10 milhões de toneladas.

 

Atualmente, o Brasil protagoniza o segundo lugar entre os maiores produtores globais de celulose. Em 2021, a produção nacional cresceu 7,4%, chegando a 22,5 milhões de toneladas.

Fazio destaca a capacidade do porto para aumentar o volume de celulose que a empresa exporta através do Porto, além da possibilidade de geração de empregos. “Maximiza a economia de escala e reduz custos logísticos”, completa.

Roberto Levier, consultor do FGV Transportes em Transporte Marítimo e Setor Portuário, reitera os ganhos logísticos. Ele indica que o acesso portuário através do transporte ferroviário possibilita o incremento de volumes.

“O transporte ferroviário possibilita uma maior eficiência na movimentação da celulose, com menor avaria durante o transporte interno até o porto”, diz.

O modal ferroviário responde por aproximadamente 30% do transporte das cargas movimentadas no Porto de Santos. A cada ano, essa participação vem aumentando progressivamente.

Eldorado projeta que o EBLog elevará em cerca de três vezes sua capacidade de expedição de celulose, para 3 milhões de toneladas por ano.

Professora de economia da ESPM, Cristina Helena de Mello destaca que “o transporte de mercadorias sempre foi e continua sendo estratégico para o desempenho da atividade produtiva”.

Ela pontua ainda que terminais privados oferecem produtividade superior aos terminais públicos. A especialista usa o porto de Tianjin, na China, como exemplo para destacar o potencial do empreendimento.

“Há um porto em Tianjin que é simultaneamente um ‘condomínio’ de empresas. Quase batem com o pé nos contêineres para embarcá-los. Desta forma, vejo um potencial enorme no fortalecimento das exportações de celulose e do Porto”, completa.

De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq), o principal destino das exportações é a China, que recebe 85% do volume. Na sequência aparecem Itália (6%), Estados Unidos (2%), Alemanha (2%) e Holanda (2%).

 

Fonte: CNN BRASIL

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